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Luz na cabeça

publicado em:11/03/21 5:50 PM por: Martin Portner Ciência da Luz

Parece tão evidente que a luz do sol é vital para a vida que quase nem precisamos dizê-lo. Mas o que a luz faz ao corpo além de permitir que vejamos as coisas com mais clareza?

A importância da luz não é somente para enxergar. A visão é apenas uma das muitas maneiras pelas quais o corpo e cérebro interagem com a luz.

Por exemplo, uma criança que recebe muito pouca luz solar em seus primeiros anos, desenvolve sua estrutura óssea de maneira frágil. Essa incapacidade se estende à idade adulta. Precisamos de doses regulares de luz solar para nos tornarmos adultos fortes e saudáveis.

A luz solar acelera a recuperação de bebês recém-nascidos com icterícia.

Além disso, basta colocar sua cabeça na luz do sol para fazer o cérebro instantaneamente prestar atenção no que acontece à volta!

Imagine-se sentado em uma caverna, em paz com o mundo. Em seguida, imagine-se saindo da caverna em uma manhã ensolarada. A luz solar atinge a sua cabeça. Neste momento os comprimentos de onda vermelho e infravermelho penetram no crânio e pousam diretamente nas células cerebrais. Isso tem o efeito de expandir a energia das baterias mitocondriais. Pronto – as células cerebrais e as redes entre os neurônios se tornam galvanizadas. Em um instante, o cérebro passa do estado semi-letárgico para atenção total sem que você precise gerenciar isso. As funções cognitivas estão despertadas ao máximo, os níveis de alerta estão super-antenados e você pode examinar os arredores em busca de sinais de oportunidades ou perigo.

Ter uma resposta tão dramática à luz do sol é muito útil e teria protegido nossos antepassados ​​de todos os tipos de perigos ocultos. Nós, humanos, ainda estamos programados para ter essa resposta à luz do sol. Podemos não estar tão cientes do seu valor no mundo moderno, mas tanto o corpo como o cérebro continuam a responder dessa maneira.

Obrigado à Gabe Pierce/Unsplash pela imagem.



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Médico especialista em exames de eletroneuromiografia há 40 anos. Certificado pela Universidade de Oxford, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Fundação Getúlio Vargas.


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