logo

A pergunta crucial em 2021

publicado em:25/01/21 1:11 AM por: Martin Portner Ciência da Luz

é “pode a luz vermelha impedir que células cerebrais morram”?

Em abril de 2017, um novo artigo publicado pelo professor John Mitrofanis intitulado Por que e como a fototerapia oferece neuroproteção na doença de Parkinson? abriu um holofote de luzes capaz de respondê-la. O artigo original pode ser obtido neste link.

Protege ou não?

Na doença de Parkinson, as células que vivem nas profundezas do cérebro e que produzem dopamina morrem lentamente e não se regeneram. Conforme mais células morrem, os níveis de dopamina no cérebro despencam e os sintomas da doença aparecem. No momento do primeiro diagnóstico, uma boa faixa de células produtoras de dopamina já está morta.

Segunda pergunta: a luz pode proteger as células cerebrais e não deixá-las morrer?

Sim, de duas maneiras diferentes.

Quando você incide luz vermelha/infravermelha diretamente sobre as células doentes, elas respondem de forma imediata, começam a agir normalmente e lá adiante passam a produzir novas células produtoras de dopamina. No entanto, é difícil fazer com que a luz vermelha penetre nas partes mais profundas do cérebro onde as células de dopamina vivem.

Se você utilizar a luz vermelha/infravermelha remotamente em algum lugar do corpo, um sistema que transporta a energia da luz para outras partes do corpo é ativado. A energia da luz é enviada para partes do corpo que não estão funcionando bem através de estruturas chamadas de mitocôndrias.

E a pergunta bônus é: como pode “a luz” fazer isso?

Não qualquer luz. A luz certa, na frequência certa e do jeito certo, traz à célula cerebral um pouco de energia. Isso permite que ela aumente a sua reserva de energia. Com mais energia disponível, a célula passa a coordenar uma série de cascatas químicas. O resultado é a abertura dos vasos com aumento do fluxo sanguíneo para a célula e as suas vizinhas. Além disso, ela ativa os genes responsáveis ​​por manter a saúde da célula. Enfim, inicia o processo para gerar novas células cerebrais.

É simplesmente incrível saber que uma cascata de coisas assim pode acontecer.

Obrigado a Martin Sanchez/Unsplash pela imagem



Post Tags

Médico especialista em exames de eletroneuromiografia há 40 anos. Certificado pela Universidade de Oxford, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Fundação Getúlio Vargas.


Comentários



Adicionar Comentário