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Bateria saudável

publicado em:1/02/21 5:52 PM por: Martin Portner Ciência da Luz

Os doutores Thomas Ryan e David Tumbarello, ambos pesquisadores britânicos de fino quilate, publicaram um artigo de duas páginas para sublinhar que as mitocôndrias, as baterias em nossas células, não são simplesmente acionadas por outras partes da célula com status supostamente “mais elevado”.

As mitocôndrias parecem ser, de fato, as mandachuvas na célula.

A célula pode ser comparada a um automóvel; ambos possuem baterias. As células possuem várias. Se a mitocôndria emperra, a célula não funciona. O carro não anda.

Quando a mitocôndria se quebra de vez, um sistema de coleta de lixo entra em ação. Faz parte dele uma proteína chamada parquina. Ela está em contato permanente com o sistema imunológico do organismo.

Quando a mitocôndria atinge o ponto de miséria máxima, às vésperas de ser aniquilada, a parquina, antes parceira, muda sua estratégia. Normalmente ela protege a célula e a mantém viva e funcionando. Mas quando a célula vai além da sua capacidade de auto-recuperação, a parquina e outros hormônios, influenciados pelo sistema imunológico, começam o processo de sacrificá-la. Esse processo, em que o próprio organismo sacrifica células, é chamado de apoptose.

Não precisamos dramatizar a apoptose, simplesmente porque ela convém ao organismo. Trata de um mecanismo pelo qual o corpo lança mão para se livrar das células que podem ser pré-cancerosas ou prejudiciais. Mais um detalhe: nada é desperdiçado. Todos os bits e peças na mitocôndria (ou até a própria célula executada) são reclassificados, realocados e reutilizados; ao final e ao cabo reaparecem e operam em outra célula. Na verdade, nosso organismo é um grande reciclador!

Os doutores Ryan e Tumbarello se perguntam se esse limite, o ponto de miséria mitocondrial máxima, pode ser alterado; eles acham que, em caso afirmativo, isso tem implicações importantes para doenças como Alzheimer e Parkinson. Vamos combinar, esse conceito é fascinante!

A fotobiomodulação melhora a função das mitocôndrias e, em consequência, a saúde e a atividade das células. De todas as células. Sem efeitos colaterais. Você só precisa acender suas luzes diariamente. De preferência duas vezes ao dia. Há algo melhor por aí?

Obrigado a Jeshua Deher/unsplash pela imagem



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Médico especialista em exames de eletroneuromiografia há 40 anos. Certificado pela Universidade de Oxford, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Fundação Getúlio Vargas.


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